quarta-feira, julho 30, 2008

Magalhães (Lemos?)

Se estar já no período de férias é, por si só, uma dádiva propulsora de grande contentamento, que dizer da felicidade sentida ao ouvir, hoje, o nosso primeiro anunciar a chegada do Magalhães?! Mau, não me digam que não sabem quem é o Magalhães?! Não, não é o Fernão de Magalhães. Esse, coitadito, apenas se limitou a fazer uma viagenzita de circum-navegação. O meu Magalhães, aliás, o Magalhães de todos os portugueses, aquele que, como o Tintin, pode ser “manuseado” por pessoas dos 7 aos 77, é um computador. Esclareço, o primeiro portátil português (oriundo de Matosinhos), o pc de ouro de um menino, também de ouro, chamado José Sócrates.
Vou comprar. Rectifico, não vou comprar. Vou pedir ao Pai Natal que mo dê ou, quem sabe, como faço, brevemente, anos, talvez alguma alma caridosa e tecnocrata queira oferecer-mo. Se os salários dos gestores públicos baixaram um por cento, tudo é possível, não?
Já repararam como é tonificante soletrar este nome - ma-ga-lhães?! Eu tenho um Ma-ga-lhães. Eu ando sempre com o Ma-ga-lhães. Emprestas-me o teu Ma-ga-lhães, esta noite?
Fiquei de tal modo emocionada com o anúncio deste prodígio luso que, quando possuir um, vou baptizar ( tiro o p ou não tiro?) também o rato… hum… hum… ah… já sei, vai chamar-se Barrosinho. Le portable Magalhães et le petit Barrosinho. E, se me der na telha, compro uma webcam a que apelidarei de… de… Marilu! Que trio: o Magalhães, o Barrosinho e a Marilu.
Desculpem esta vontade colossal de patentear tolices. Efeito das férias. Uma coisa é certa, em Setembro, a tal rentrée - com sabor a salve-se quem puder e do vale tudo menos matar - será , com certeza, menos horripilante do que eu imaginava. É que faz toda a diferença, digo eu, entre iesses (yes) de obediência - ainda que relutantes - ohhhhhhhhhh de admiração, ahhhhhhhhhhh de incredulidade e ência de bué de sapiência (e paciência), dar um ar da nossa graça e afirmar peremptoriamente - sim, tenho as planificações, as grelhas, os relatórios... Estão no Magalhães (Lemos?). Vou buscá-lo.

Até Setembro. Boas férias.

AMS

domingo, julho 27, 2008

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Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.

Francis Bacon

terça-feira, julho 22, 2008

Erosão

Quando dizes - dei-te tudo - cerro os olhos.
O sol esconde-se. A alegria parte.
Tu não entendes e fechas o gesto numa arca de gelo.

O tudo, meu amor, às vezes, sabe a nada.

AMS