quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Tempo suspenso

Respiro a serenidade do céu, a beleza tranquila - tão natural - de um ramo de violetas, a embriaguez dos prados verdes, o cheiro da chuva, o voo ondulante da pequena borboleta, o marulhar das águas do tanque, a luz morna no recôndito da folhagem, o orvalho fresco da infância, a doce melancolia do que nos transcende, redefinindo lembranças, coroando-as da pureza original.
São momentos de paz e quietude. Lentos minutos que tocam a eternidade apaziguadora da espera no contorno do encantamento.
Tempo de prodígio. De irrealidade. De harmonia de emoções.
Que nos fica dele? Que fica de nós? Tão mansamente transitórios…

AMS