domingo, junho 17, 2007

(eternamente) Chama

Há gestos de limitado horizonte,
estrangulados no campo do impossível,
que cortam, ferem, aferrolham a vida.

(cinzelam o nada)

Outros há, carregados de venenos leves,
de sorrisos impassíveis passeando a morte,
que nos abandonam à melancolia das ruínas.

(abrem brechas na alma)

E há gestos, banhados pela luz do bem querer,
revelando certezas, entornando ternura,
que nos prendem à vida com laços de comunhão.

(ateiam a esperança)

AMS