sexta-feira, março 10, 2006

Mesmo fugaz

Não pode a vida ser-me triste e fria,
Num Inverno sem fim e céus calados,
Que eu quero a taça do amor erguida,
Desenhando estrelas nesses céus gelados.

Quero uma vida feita de mil cores
Na volúpia sem fim dos teus abraços.
Quero perder-me na teia dos amores
Com persistentes, inquebráveis laços.

E nem que seja, vê tu, refúgio breve,
- Ou fugaz momento de beleza
Que, como tudo, nasce e logo esquece -
Quero queimar-me na chama desse ardor
E sentir, por fim, essa certeza
De viver em ti um grande amor.

AMS