domingo, maio 06, 2007

MÃE

Se dizes mar, agarro-me à palavra,
navego na transparência da água,
avanço no sonho, absorvo a ternura
que escorre entre a luz e o vento,
abarcando, tonta de azul, o infinito.

Mas acabo sempre por voltar, mãe,
quando me olhas profundamente
e sussurras, com a certeza enternecida
do percurso efémero das marés - filha!

AMS