quinta-feira, abril 06, 2006

Fuga

Olhas-me com o esboço frio de um vento rasteiro. Mas não tremo. Com a leveza das mãos livres, fechei o livro das culpas. Definitivamente.
Olhas-me com o desejo surdo dos vagabundos. E dizes – Esta noite não acaba. Vendei os olhos à luz.
E eu respondo – A noite não acaba? Mas eu já parti rumo à madrugada pelo espaço da janela fechada.

AMS