sexta-feira, novembro 10, 2006

desafio

Apetece-me contar,
Apetece-me sentir
Que não me esgoto em mim
No que sou, no que sonho.
Apetece-me folhear, como brincando,
O livro do destino entreaberto
A quem ousa acreditar
Que a regra se pode subverter,
Que nada nos obriga a ser quem fomos.
Apetece-me acreditar que ainda há tempo
De semear nos olhos de outrora
A força livre de ser,
E que, mesmo que as palavras se esgotem,
A minha alma tece-lhes os sentidos.

AMS