quinta-feira, novembro 02, 2006

sem retorno

nos poemas acumulados nas gavetas
para leitura de
ninguém
no sorriso do espelho que nos fita
ironicamente agastado pelo
tempo
nesta música de encontros desencontros
e de amor arrumado em prateleiras
esquecidas
nos momentos de afogadas intenções
de um tempo exacto que não se
viveu
damos conta que tudo acaba num aceno
sem ternura
para enfeitar despedidas
sem retorno

AMS