segunda-feira, outubro 30, 2006

O meu herói

Corre, célere, o tempo. Fazes, hoje, um ano. Como cresceste! Quem diria, Rodrigo, que já passaram 365 dias desde a altura em que decidiste, num acto de arrojo e valentia incontidos, juntar-te a todos nós para encheres os olhos de coisas lindas, desconcertantes, novas, desafiando-te à descoberta?! As crianças, flutuando na doçura do frágil, estão sempre impregnadas de luz, maravilhosamente tontas de avidez pelo que estará para vir. E que estará para vir, Rodrigo? A vida. A grandeza dos sonhos que a suportam. Um mundo inteiro de gratificantes surpresas.
Acredito que, no fundo, foi isto que te levou a nascer com apenas cinco meses e meio de gestação. O mistério e o fascínio do que desconhecias… mas pressentias. Talvez, quem sabe, até a nossa indefinida fragilidade. Imbuída de interrogações. Tão comovedora, contudo.
É isto, enfim, que eu desejo para ti. Luz. O fogo das emoções. A beleza das coisas simples. Amor. Muito amor - é tanto o que te cerca! E essa ousadia, esse desejo indomável de viver ateando, permanentemente, o fogo e a graça de que és portador.
Hoje, enquanto dormias, serenamente, no meu colo, não pude reprimir, olhando-te, uma ternura imensa. Tão pequenino. Tão miraculosamente sobrevivente. Tão ousado nessa vontade incrível de experimentar a vertigem da vida.
Rodrigo, tu és o meu herói!

AMS